MORTE E VIDA SEVERINA


 OBRA
Morte e Vida Severina foi escrita em 1954/55, por encomenda de Maria Clara Machado, do grupo O Tablado, que não pôde levar ao palco a peça. Publicado inicialmente no livro "Duas Águas"(1956), o texto foi inicialmente montado pelo grupo do Teatro da Universidade Católica de São Paulo com música de Chico Buarque de Holanda(1966). A partir dessa data, passou a integrar o volume "Poemas em Voz Alta", que reúne a parcela mais comunicativa da obra do "poeta engenheiro".


Enredo:
O título da obra representa o percurso do retirante Severino: parte da morte no sertão para encontrar a vida em Recife. Severino acompanha o Rio Capibaribe onde só encontra pobreza e morte pelo caminho. Chegando a Recife o mesmo se repete. Desesperançado, pensa em cometer suicídio atirando-se ao rio, Quando testemunha o nascimento de uma criança que devolve a esperança à vida Severina. Tanto a morte quanto a vida são "Severinas", os "Severinos" quase anônimos do sertão nordestino.

SINOPSE DA PEÇA
Esta peça do poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto tem como base formal as canções populares do Nordeste, terra de retirantes, de seca e de miséria sem fim. O autor através do discurso visual e simbólico do teatro, defende que a vida de miséria sofrida pelo pobre tem um sentido espiritual profundo e assim a morte dos miseráveis, dos sem-terra origina a vida que renova a terra e a própria vida. Deste modo, a peça acaba por ser uma peça de Natal, de glorificação da pobreza, de recuperação do sentido positivo da vida. No tempo em que foi escrita, fase de intensas lutas sociais dos camponeses do Brasil. Morte e Vida Severina foi também uma advertência à Igreja do Brasil, no sentido de que deveria ser “A Igreja dos Pobres”. João Cabral de Melo Neto insere na peça um conjunto de blocos em maiúsculas explicando o que vai seguir-se e o seu significado. É uma questão de tentar perceber essas ligações.

FICHA TÉCNICA

Interpretação: Alberto, Larissa, Marcos, Roberto, Eduardo, Jéssica B., Jucélia, Thiago, Rangel, Mariana, Camila, Elenísio e Gleidiane, Guilherme, Direção: Alberto
Cenografia : Alberto
Figurinista : Marilene Cosenza
Sonoplastia: Marilene e Elenísio
Apoio: Lurdinha, Joana e Cláudia
Supervisão: Everaldina
Colaboração: Diego e Gleice